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28 de novembro de 2014

Pai pode perder a guarda de criança queimada por madrasta




O pai do menino de dez anos que foi queimado com água quente pela madrasta, na última terça (25), em Feira de Santana, cidade localizada a cerca de 100 km de Salvador, corre o risco de perder a guarda do garoto. As informações foram passadas ao G1, nesta quinta-feira (27), pelo Conselho Tutelar do município.

De acordo com informações da Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), o garoto teria sofrido a agressão após a madrasta encontrar a casa desarrumada e sentir a falta de um perfume.

Márcia Maria Regis, diretora da Casa dos Conselhos, contou que nesta quinta-feira foi realizada uma reunião entre o Conselho Tutelar de Feira de Santana e Ministério Público, para estudar com quem a criança vai ficar, após receber alta médica. O conselheiro Allan Jonhii, que acompanha o caso, disse que alguém da família do garoto pode ficar com a guarda, mas que a decisão será do juiz da Vara da Infância. Ele ainda destacou que familiares do garoto já foram contactados.

"Estamos entrando em contato com a família extensiva. Eles são de Utinga [Bahia]. Entramos em contato com o Conselho Tutelar de lá porque o pai não não sabe o telefone dos próprios familiares que moram lá. Sabemos que a mãe dele, avó do menino, mora em Utinga", conta.

Ainda segundo o conselheiro, a mãe da criança também mora em Utinga, cidade a cerca de 300km de Feira de Santana. Ele informou que, ao levar o filho para ser criado junto com a avó, o pai do garoto ainda não tinha conhecido a atual esposa, que é a suspeita de ter queimado o menino com água quente.

Segundo Allan Jonhii, a mãe do garoto disse que deixou o pai levar o menino porque conhecia a mãe dele [a avó da criança]. "Depois o pai foi embora para Goiânia e deixou o menino com a avó. Chegando lá, ele conheceu a mulher, e dois anos depois eles resolveram voltar para Feira, porque poderia ter ajuda financeira do sogro que mora aqui [Feira de Santana]. Então, o pai resolveu pegar o menino para morar com ele novamente", relata .

O conselheiro também contou que a criança não demonstrou sentimento negativo com relação ao pai e disse que ele era amoroso e dava atenção. Ainda assim o Conselho Tutelar está trabalhando para saber quem da família poderá ficar o menino. "A gente não pode afirmar se essa atenção do pai existia ou se ele está manipulando a criança. O juiz da vara da infância vai decidir com quem ele vai ficar, mas de qualquer forma, o pai vai responder por omissão de socorro. Agora, ele está acompanhando a criança no hospital", diz.

O pai do menino relatou em depoimento que não levou a vítima para uma unidade de saúde, porque a mulher tem curso de técnico em enfermagem.

A madrasta, de 27 anos, permanece detida no Presídio Regional de Feira de Santana. Ao ser questionada sobre o crime, a mulher negou a agressão.

Ainda nesta quinta-feira, a assessoria do Hospital da Criança (HEC) informou que o menino foi transferido para a clínica cirúrgica. Ele está sendo acompanhado por equipes de pediatria, cirurgia e cirurgia plástica, e tem estado de saúde considerado estável.

As informações são do G1 Bahia.

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