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18 de outubro de 2014

Operação “Mutação” desarticula quadrilha que roubava e adulterava combustíveis


Operação “Mutação” desarticula quadrilha que roubava e adulterava combustíveis
Fotos Gleidson Santos/Robson Codorna


Quatro pessoas foram presas no inicio da manha de ontem (17) na cidade de Amélia Rodrigues durante a Operação Mutação, deflagrada pelo Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil. Eles são acusados de integrar uma quadrilha de ladrões de combustíveis e também de adulterar gasolina


Quatro pessoas foram presas no inicio da manha de ontem (17) na cidade de Amélia Rodrigues durante a Operação Mutação, deflagrada pelo Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil. Eles são acusados de integrar uma quadrilha de ladrões de combustíveis e também de adulterar gasolina.


O promotor Luiz Alberto, um dos responsáveis pela operação contou para reportagem que foram cumpridos 09 Mandados de Buscas e Apreensões, 02 Mandados de Prisão Temporária; 02 pessoas foram presas em flagrante com armas e munições; 60 Mil Litros de combustíveis adulterados foram apreendidos; vários caminhões tanque; além de vários produtos químicos que eram usados para adultera os combustíveis.


“O líder da quadrilha foi identificado como Jose Luís, qual ainda não foi preso, mas está sendo monitorado e perseguido pela polícia e em breve, o mesmo será preso. Os combustíveis muitas vezes eram distribuídos, eles eram desviados dos caminhões tanque que transportam combustíveis, depois misturava com dissolvente e outros produtos para baratear o produto”.


Ainda de acordo com o MP, o local que acontecia a adulteração dos combustíveis, funcionava em um deposito localizado em Amélia Rodrigues pertencente ao líder da quadrilha. Entre os presos estão dois filhos de José Luís, a esposa, qual foi autuada em flagrante com uma arma e munições.


Ubirajara Souza, coordenador da Agencia Nacional de Petróleo (ANP), afirmou para reportagem do Folha do Estado que ficou surpreso com o tamanho da adulteração de combustíveis que estavam sendo feita em Amélia Rodrigues. “Nosso papel agora é colher um pouco do combustível e a analisar para sabermos quais os tipos de produtos químicos que os criminosos misturavam “, frisou Souza.


O coordenador da Polícia Civil de Feira de Santana, Ricardo Brito contou que os flagrantes foram lavrados no Complexo de Delegacias do Sobradinho em Feira de Santana. “Demos todo apoio a operação, envolvemos vários policiais, viaturas e material de inteligência para auxiliar os trabalhos de investigação”, contou o delegado.


A PRF trabalhou com um helicóptero, 44 viaturas e 150 policiais durante toda a operação. Os presos foram encaminhados para o Conjunto Penal de Feira de Santana após prestarem depoimentos


A Operação


Foi deflagrada na manhã de ontem, 17, a Operação Mutação, cujas investigações identificaram esquema criminoso de adulteração de combustíveis em larga escala na cidade de Amélia Rodrigues. Devem ser cumpridos oito mandados de prisão e nove de busca e apreensão nos municípios de Feira de Santana, Amélia Rodrigues e Conceição do Jacuípe, com o objetivo de apreender os combustíveis adulterados e documentos comprobatórios das práticas da organização criminosa.


A ação está sendo realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Gaesf), Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Promotoria Regional Especializada no Combate à Sonegação Fiscal de Feira de Santana e a Promotoria de Justiça de Amélia Rodrigues, com o apoio do Núcleo de Inteligência Criminal (NIC), do Ministério Público estadual; pela Polícia Rodoviária Federal (PRF); Superintendência de Inteligência (SI), da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP); Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz). A operação envolve um contingente de oito promotores de Justiça do MP, mais de 150 policiais, 44 viaturas, um helicóptero da PRF, um caminhão-guincho e um caminhão-tanque.



Durante três anos de investigação, apurou-se que parte da carga de cerca de 200 caminhões-tanque que trafegavam por Amélia Rodrigues diariamente era desviada para pontos (conhecidos como “Bodes”) onde ela era subtraída e comercializada a postos revendedores de combustíveis. Lá, homens chamados de “bodeiros” rompiam os lacres dos caminhões, subtraíam as cargas e depois adicionavam solventes para posterior comercialização de combustível adulterado na região de Feira de Santana. Segundo as apurações, o esquema incluía também emissão de notas fiscais falsas com o objetivo de legalizar o produto adulterado, indicando crimes de sonegação fiscal. As investigações contaram com interceptações telefônicas, pelas quais se constatou a participação de policiais civis e militares na quadrilha. Em troca de propina, eles teriam fornecido proteção ao esquema criminoso.

Folha do Estado com informações do MP/BA

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