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28 de março de 2012

Estudantes, professores e sem-teto: o centro de Feira parou



Não. O sol a pino da metade do dia em Feira de Santana não impediu que professores municipais, estudantes e sem-teto ganhassem a Avenida Getúlio Vargas e externassem as reclamações de cada parte.
O que pareceu que seriam atos isolados, mesmo ocupando espaços próximos, tomou maiores proporções quando os manifestante se uniram e chegaram a bloquear uma das vias da principal avenida de Feira de Santana.

Piso salarial, plano de Carrera, aumento da passagem de ônibus, regularização fundiária, todas essas reivindicações estouraram em frente ao Paço Municipal.

A Polícia Militar, através da 64ª Companhia Independente, acompanhou toda a manifestação de perto, mas não evitou que um funcionário da prefeitura fosse vítima de agressão, e que celulares de Guardas Municipais fossem furtados. Alguns GMs tiveram a farda rasgada durante os protestos e uma grávida passou mal e foi socorrida pelo SAMU.

MORADORES DA OCUPAÇÃO CHICO PINTO QUEREM REGULARIZAÇÃO – A situação dos moradores da ocupação Chico Pinto, que moram no bairro Aviário já foi retratada no portal de notícias Bom Dia FEIRA. Cerca de 150 pessoas residem em precárias residências e em áreas sem propriedade.

Os manifestantes aguardam o documento de anuência das terras para que os moradores deem entrada no financiamento de residências para a região. Segundo o líder do Movimento de Libertação dos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Jader Dourado, os documentos são solicitados desde 2009. “Corre o risco do mandato do prefeito acabar e não resolver o problema da área. Formamos uma comissão e aguardamos ser recebidos. Não vamos sair do Paço sem resolver nada. São 1.100 dias de espera”, declarou.

Durante a manifestação, dezenas de moradores do Chico Pinto ocuparam as dependências da Prefeitura e foram contidos por prepostos da Guarda Civil Municipal, que os mantiveram no térreo do prédio.

O comandante da Guarda Municipal Marcos Vinicius Alves, disse que corporação não busca o confronto com os manifestantes, mas que não permitirá a depredação do patrimônio. “Espero que as pessoas respeitem o espaço. Pedimos ao Conselho Tutelar que comparecesse aqui por que tem muitos recém-nascidos em um local com barulho e empura-empurra”, declarou.

A moradora Telma dos Santos Ribeiro, 46, disse que espera uma solução para o impasse, já que há quatro anos mora na ocupação sem nenhuma infraestrutura. Já Robson Luis dos Santos Lima, 22, espera que os moradores da ocupação sejam incluídos em programas habitacionais. “Estamos convivendo no meio de ratos, baratas e pedras”, disse.

PROFESSORES PEDEM CUMPRIMENTO DO PISO SALARIAL – Os professores do município vão realizar mais uma paralisação de três dias, começando desta quarta-feira, até sexta, quando esperam uma resposta do prefeito Tarcízio Pimenta (PDT), sobre o pagamento do piso nacional professores, que foi reajustado em 22,22%. Há exatamete duas semanas, os professores realizaram uma mobilização a nível nacional, paralisando as atividades também por três dias.

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Marlede Oliveira , disse que a pauta de reivindicação inclui o pagamento do piso com retroativo referente a janeiro. “Existem também outras pendências, como a reforma do plano de carreira. O prefeito só pode dar reajuste até o dia 10 de abril, por causa da Lei eleitoral e é por isso que estamos realizando esta manifestação”, declarou.

NÃO AO AUMENTO DA PASSAGEM – Aprovada no Conselho Municipal de Transporte (CMT), na última quinta-feira (22), o novo valor da passagem, estipulado em R$ 2,50, que ainda não foi sancionado pelo prefeito municipal, não agradou os estudantes, que ganharam as ruas nesta quarta.

O representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Yuri Cerqueira, afirmou que os estudantes ficarão acampados em frente a prefeitura para tentar barrar o aumento da tarifa de ônibus. “Esperamos que o prefeito escute as proposta não somente dos estudantes, mas de outras representações. A indignação é de todos. A passagem pode ser menos de R$ 2,00. Queremos a abertura de um canal de diálogo”, ressaltou.
 Fonte:dilsonbarbosa.

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