CIDADE FM Clique aqui

CIDADE FM Clique aqui
CIDADE FM Clique aqui

14 de julho de 2012

170 toneladas de material radioativo em Feira

 

O aborto de uma operação de transporte de 170 toneladas de urânio natural até o Porto de Salvador resultou no estacionamento de 12 carretas do produto na sede do 1º Batalhão de Polícia Militar, no bairro Feira VI.

O composto químico tem origem da mina localizada no município baiano de Caetité, a 534 km de Feira, na região sudoeste do estado. Segundo Edenil Melo de Brito, coordenador grela de transporte de material da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), o produto é exportado para França.

O coordenador diz que na França, o urânio é convertido em gás, enriquecido e retorna para o Brasil, para a cidade de Resende, no Rio de Janeiro, onde é reconvertido e vira pó, depois empastilhado. Resumindo: o urânio vira combustível nas usinas nucleares de Angra dos Reis, que gera energia para os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Segundo Brito, a atividade da IBN respeita os padrões de legislação para a segurança do trabalhador. “É um material que tem alguns metais pesados. Lidar com o urânio exige procedimentos técnicos, equipamentos e vestuários, se for mal manuseado vai trazer prejuízos como qualquer outro material químico. Ele não trás perigos no manuseio. Somos fiscalizados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)”, afirmou.

O coordenador disse que a operação de transporte foi abortada devido a legislação francesa, que impõe 15 dias de antecedência no envio de requerimento para a autorização da entrada do produto no país. “Lamentavelmente o transportador que o Brasil contratou não cumpriu o prazo, e deu entrada no último dia 5. O padrão de responsabilidade que o Brasil tem com a ONU e Agencia Internacional de Energia Atômica determina que para material ser movimentado, tem que ter aceitação do destino”, explicou Brito.

De acordo com o coordenador, o plano se segurança para o transporte, oriente a procura de uma instalação militar segura e próxima de onde está a carga. Brito disse que o órgão militar tem que ser estadual. Segundo informações, policiais femininas "PFEM" que estavam grávidas foram orientadas a deixar a repartição. O coordenador disse que desconhece a informação. “Estamos ultimando para sair daqui nas últimas horas. A determinação que voltemos a origem, onde temos a nossa instalação”, declarou.

Lembrando que urânio produz envenenamento de baixa intensidade (por inalação ou absorção pela pele). A jazida de Caetité é a maior do Brasil.

Com informações dos repórteres Miro Nascimento e Valdir Moreira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário